Home > UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO TECNOLÓGICO
2003
EXPERIÊNCIA B5
VITÓRIA
2003
SUMÁRIO
CONTEÚDO DO RELATÓRIO PÁG.
2. Objetivos da experiência...........................................................4
3. Equipamentos utilizados.......................................................... 4
4. Procedimentos......................................................................... 5
5. Resultado................................................................................. 6
6. Análise dos resultados............................................................. 6
4
1. INTRODUÇÃO
Através da realização
de uma experiência com dois calorímetros acoplados, água, gelo e
uma barra de cobre calcular a condutividade térmica do cobre. Também
será observado o efeito das fugas de calor para o meio externo e a
sua influência no gráfico do papel mono-log (desvio sistemático).
Serão usados os dados colhidos na experiência e no gráfico para fazer
os devidos cálculos.
2. OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA
Esta experiência tem como objetivo determinar o coeficiente de condutividade térmica do cobre (k).
Uma das maneiras de haver transmissão de calor é através da condução térmica.
“Considere uma placa de área (face) A e largura L, cujas faces são mantidas a temperaturas Th e Tc. Seja Q o calor que é transferido através da placa, da sua face quente para a fria, no tempo t. A experiência mostra que a taxa de transmissão de calor H (a quantidade no tempo t) é dada por”:
H = Q/t = k.A(Th – Tc)/L (1)
“Onde k, chamado de condutividade térmica, é uma constante que depende do material de que a placa é feita”. Quanto maior o valor de k, maior a condutividade térmica do material.
Da equação (1) obtemos (considerando que não varie a temperatura ao longo da barra de cobre):
H = Q/t = – (maca + C).dT/dt e H = k.A.T/L , comparando os dois temos:
k.A.T/L = – (maca + C).dT/dt , resolvendo a equação diferencial chega-se ao seguinte resultado:
T = Ti.e–[k.A / L.(ma.ca + C)].t
que será usado para
calcular a condutividade térmica do cobre.
5
3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
4. PROCEDIMENTOS
Junte seis a oito pedras de gelo e cerca de 100ml de água no calorímetro inferior, tampe o calorímetro sem a barra de cobre e espere a mistura atingir o equilíbrio térmico.
Ferva água no caneco e despeje cerca de 100 ml no calorímetro superior. Complete a montagem de acordo com a figura abaixo encaixando a barra de cobre na tampa do calorímetro inferior, instale o termômetro no calorímetro superior, em contato com a água quente.
Acione o cronômetro e aguarde três ou quatro minutos para iniciar as leituras das temperaturas. Não desligue o cronômetro.
Faça uma nova leitura do tempo toda vez que a temperatura diminuir para um valor inteiro e diferente do anterior em cerca de 10%. Anote a temperatura e o tempo na tabela de dados. Continue o procedimento até conseguir medir 6 a 8 valores da temperatura e do tempo.
Meça a massa de água quente, o comprimento não submerso da barra de cobre e o seu diâmetro. Os valores da capacidade térmica do calorímetro e do calor específico da água serão fornecidos.
6
Os seguintes dados foram
coletados na experiência:
Massa da água quente: ma = (87,7 0,4) g
Comprimento não submerso da barra: L = (140,55 0,1) mm
Diâmetro da barra: d = (16,20 0,01) mm
Calor específico da água: ca = (1,000 0,003) cal / g °C
Capacidade térmica do
calorímetro superior: C = 100 cal / °C
Tabela da Temperatura x Tempo
n | T (°C) | T (s) |
1 | 56 | OBS.:
Acrescentar, abaixo, o valor que deve ser adicionado a cada temperatura para corrigi-la. 120 |
2 | 50 | 475 |
3 | 45 | 935 |
4 | 41 | 1395 |
5 | 37 | 1925 |
6 | 33 | 2545 |
7 | 30 | 3125 |
Acrescentar às temperaturas: correção (desvio sistemático) = 20 °C
Incerteza nas temperaturas: ∆T = 5 °C
Incerteza no tempo: ∆T = 0,3 s
kT = 0,092
cal/s mm °C
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
7
Serão calculados a condutividade térmica do cobre e o seu desvio relativo.
Tendo as seguintes fórmulas que relacionam tempo com a temperatura Log(T) = log(Ti) + .t (1)
Log(T) = log(Ti) – [k.A.log(e) / L.(ma.ca + C)].t (2)
Comparando a equação da reta no gráfico (1) com a fórmula na qual a temperatura depende linearmente do tempo (2), obtem-se:
log(Ti) + .t = log(Ti) – [k.A.log(e) / L.(ma.ca + C)].t
.t = – [k.A.log(e) / L.(ma.ca + C)].t = – [k.A.log(e) / L.(ma.ca + C)]
k = – .L.(ma.ca + C) / A.log(e) (3)
A condutividade térmica
será calculada a partir da fórmula (3).
= (log(yc) – log(ya))/(xc – xa) = (log(8,8) – log(38,0))/(3400 – 20)
= (0,9444826 – 1,5797836)/3380 = - 1,8795888.10-4 s-1
∆ = 1/2((log(A) – log(D)) + (log(B) – log(C))) / (xf – xi)
∆ = 1/2((log(42,0) – log(33,0)) + (log(13,2) – log(5,3))) / (3400 – 20)
∆ = 1/2((1,6232493 – 1,5185139)+ (1,1205739 – 0,7242758)) / 3380
∆ = 0,7411738.10-4 s-1
∆ = (– 1,8795888 0,7411738). 10-4 s-1 |
ma.ca = 87,7. 1,000 = 87,7 cal / °C
∆ ma.ca = ( 0,4/ 87,7 + 0,003/ 1,000) . 87,7
∆ ma.ca
= 0,007561. 87,7 = 0,6630997 cal / °C
8ma.ca ∆ ma.ca = (87,7 0,6630997) cal / °C |
ma.ca
+ C = (87,7
0,6630997) + (100 1) = (187,7 1,6630997) cal / °C
.L.(ma.ca + C) = (– 1,8795888.10-4) . 140,55 . 187,7 = – 4,9585874 mm cal/s°C
∆.L.(ma.ca + C) = ( 0,7411738.10-4/1,8795888.10-4 + 0,1/ 140,55+ 1,6630997/187,7) . 4,9585874
∆.L.(ma.ca + C) = 0,4038995
. 4,9585874 = 2,002771 mm cal/s°C
.L.(ma.ca + C) ∆.L.(ma.ca + C) = (– 4,9585874 2,002771) mm cal/s°C |
A = .r2 = 3,1415927 . (8,1)2 = 206,11989 mm2
∆A = ( 0,0000001/ 3,1415927 + 2 . 0,005/ 8,1) . 206,11989
∆A = 0,0012346 . 206,11989
= 0,2544756 mm2
A ∆A = (206,11989 0,2544756) mm2 |
A.log(e) = 206,11989 . log(2,7182818) = 89,516714 mm2
∆A.log(e) = ( 0,2544756 /206,11989) . 89,516714
∆A.log(e)
= 0,0012346 . 89,516714 = 0,1105173 mm2
A.log(e) A.log(e) = (89,516714 0,1105173) mm2 |
k = – .L.(ma.ca + C) / A.log(e) = – (– 4,9585874)/ 89,516714
9
k = 0,0553928 cal/s mm°C
∆k = ( 2,002771/4,9585874 + 0,1105173/89,516714) . 0,0553928
∆k = 0,4051341 . 0,0553928 = 0,0224415 cal/s mm°C
k ∆k = (0,06 0,02) cal/s mm°C |
Comparando o valor calculado com o valor
adotado para a condutividade térmica do cobre nota-se que não foi
possível chegar a tal valor. A causa do desvio pode ter sido erro na
medição e/ou erro ao determinar o desvio sistemático.
(|k – kT|)
/ kT = (|0,06 – 0,092|) / 0,092 = 0,347826
34,7826 %
(|k – kT|) / kT = 0,347826 34,7826 % |
7. CONCLUSÃO
Para conseguir uma reta no gráfico do papel mono-log foi necessário haver um desvio sistemático devido às fugas de calor que houve do sistema para o meio externo. O desvio sistemático não é uma temperatura, mas um parâmetro que tem dimensão de temperatura e é proporcional a temperatura do meio ambiente. Quanto maior a temperatura do meio ambiente, maior será o desvio sistemático.
Nesta experiência não foi possível chegar ao valor esperado da condutividade térmica do cobre:
k = (0,06 0,02) cal/s mm°C kT = 0,092 cal/s mm°C
A causa do desvio podem ter sido falha humana no instante da medição e/ou erro ao determinar o desvio sistemático.
10
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
All Rights Reserved Powered by Free Document Search and Download
Copyright © 2011